A OCEAN CITY MANUFACTURING COMPANY foi incorporada em 1923, na Filadélfia.
Por mais de 40 anos, foi a principal industria de carretilhas para água salgada e carretilhas de baixo custo, tanto para bait casting como para fly nos EUA.
As carretilhas de fly são de interesse moderado aos colecionadores, isto porque muitas delas foram fabricadas por Montague Company e apenas revendidas por esta empresa, especialmente as Skeletons.
O único modelo de Skeleton da empresa era a SOLITE.
Esta carretilha apareceu pela primeira vez em catálogo da empresa em 1936. A primeira geração surge do modelo da Meisselbach Featherlight.
Na foto podemos observar uma de 1937. Esta carretilha é semelhante as Meisselbach, uma vez que a empresa adquiriu algumas de sua patentes após o fechamento daquela empresa. Para saber mais sobre Meisselbach, basta pesquisar na lista ao lado.
Mas as semelhanças entre a SOLITE e outras carretilhas, não se resumem apenas as Meisselbach.
Uma segunda geração de carretilhas foi produzida por MONTAGUE e também recebeu o nome de SOLITE.
A diferença é que aparecia estampado no costado da carretilha o nome SOLITE, enquanto que as Montagues não traziam nenhuma informação, a não ser a expressão MADE IN USA na parte inferior dos pés da carretilha.
Apesar de semelhante com as featherlights da Meisselbach, a SOLITE da primeira geração trazia de diferente uma manivela feita em osso torneado.
Já as caretilhas da segunda geração, seemelhantes as Montagues, conforme podemos observar na imagens seqüentes, tinham pequenos detalhes que as difernciavam.
Não é de se estranhar essa semelhança, tendo em vista que a Ocean City acabou comprando a empresa na década de 30.
Aqui podemos observar uma MONTAGUE comum. O desenho triangular do carretel é marca caracteristica dessa empresa, enquanto que o desenho de pétalas na imagem acima, caracerizam uma clássica carretilha MEISSELBACH.
A segunda geração da OCEAN CITY SOLITE, além do desenho igual ao da MONTAGUE, traz outra diferença. A manivela em plástico duro, em cor branca. Nas MONTAGUES a manivela era em madeira pintada (ou em branco ou apenas enverzinada).
Estas carretilhas apareceram nos catálogos da Ocean City na década de quarenta, em pleno período da II Guerra Mundial. O que chama a atenção na história da empresa, é justamente o fato dela estar em pleno vapor de atividades no momento mais crítico do século XX.
Não sendo necessário ser nenhum expert no assunto para saber que ambas sairam da mesma fábrica.
Estas carretilhas eram feitas em metal comum e pintadas em tinta preta fosca. Talvez seja a característica principal das carretilhas, que sempre foram feitas em cor, ao contrário de outras marcas que tinha a opção de manter a coloração do metal original. Eram baratas, em termos de custo e com uma qualidade razoável. Típico produto popular, o que ajuda a entender como a empresa conseguiu se manter no topo, mesmo no período turbulento do meio do século passado.
Saindo um pouco do tema SKELETONS, não posso deixar de comentar sobre um outro modelo de carretilhas da OCEAN CITY.
A Ocean City # 35 foi uma carretilha que revolucionou uma época.
Surgiu no finalda década de 40 e início da de 50, com um conceito bastante revolucinário para a época.
Enquanto que Montague era a divisão que cuidava da fabricação das varas de pesca, a Ocean City cuidava da fabricação das carretilhas. O lema da empresa era "World leaders in rods and reels" demonstrando que se tratavam de duas empresas distntas, mas que na prática eram uma só.
A OCEAN CITY, além da Montague adquiriu outras marcas, como foi o caso da TRUE TEMPER, da qual falaremos em breve!
A Ocean City # 35 foi uma carretilha que revolucionou uma época.
Adotando uma linha de carretilhas inglesas, oriundas da House of HARDY, esta carretilha apresenta uma mola interna entre o carretel e o corpo da carretilha que impede que ele gire livremente, mesmo com o botão do clic drag desarmado.
Ao contrário das carretilhas inglesas, com sistema de freios e catracas absolutamente precisos, este pequeno e simples dispositivo permitiu que a carretilha se tornasse uma das principais referências, em determinado período, justamente pelo custo baixo e qualidade alta.
Seguindo a linha da empresa, esta carretilha também vinha na cor preta, uma das marcas registradas da Ocean City.
Outro fator que fez dessa carretilha uma das mais vendidas no período do pós guerra nos Estados Unidos, foi o line guide introduzido no corpo da carretilha, item apenas utilizado até então em carretilhas de corrico, mistas (bait e fly) e especialmente nas européias (inglesas e francesas) para a pesca com mosca.
Estes detalhes, associados a uma tradição já consolidada pela marca fez da 35 uma das principais carretilhas de toda a grade de peças produzidas por Ocean City.
Na década de 50, o catálogo da Ocean City já anunciava produtos da Montague Company em conjunto com os da própria empresa.
Enquanto que Montague era a divisão que cuidava da fabricação das varas de pesca, a Ocean City cuidava da fabricação das carretilhas. O lema da empresa era "World leaders in rods and reels" demonstrando que se tratavam de duas empresas distntas, mas que na prática eram uma só.
Na imagem do catálogo é possível ver o "lançamento" de um equipamento multi-uso. Um dos primeiros COMBOS a serem lançados no mercado. Uma vara com grip e seções intercambiáveis que permitiam seu uso tanto com caretilhas de bait casting como de fly.
O interessante disso é que ainda é comum nos EUA encontrarmos esse tipo de conceito nos dias de hoje.
Obviamente que a qualidade dos equipamentos atuais sejam de qualidade inferior àqueles dado ao pequeno interesse dos pescadores por esse tipo de equipamento em outras partes do mundo.
Na imagem que segue podemos observar uma caixa de uma carretiha da Ocean City com a logomarca em destaque.
O símbolo, originário da MONTAGUE, reforça a força que a OCEAN CITY adiquiriu por um longo período nos EUA.
Ao observar a imagem da RAPIDAN, quando comentamos sobre a MONTAGUE, podemos percebr que a semelhança entre os simbolos é imensa.
A OCEAN CITY, além da Montague adquiriu outras marcas, como foi o caso da TRUE TEMPER, da qual falaremos em breve!
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